No passado dia 17 de Setembro o R.G.F.A. de Moura regressou às corridas, desta feita na castiça praça de toiros da Amieira, onde não pegávamos há alguns anos. O cartel era composto pelos cavaleiros Luís Rouxinol, João Telles Jr., Tiago Carreiras e a praticante Maria Mira. Para pegar 7 toiros da ganadaria de São Marcos estiveram em praça o G.F.A. de São Manços, o R.G.F.A. de Moura e o G.F.A. de Monsaraz. Era grande o ambiente em volta da praça quando nos começámos a reunir para o fardamento que decorreu no campo de futebol, o que demonstra a grande aficion que esta localidade mantém ao longo dos anos, enchendo praticamente as bancadas. Esta era uma corrida para a rapaziada mais nova se mostrar e provar o seu valor, e foi o que aconteceu, com o nosso cabo a dar algumas oportunidades. Estas corridas têm que ser encaradas por estes forcados como um desafio tão importante como pegar nas praças de primeira, está na altura da rapaziada mais nova assumir a responsabilidade de ser forcado no Real Grupo de Forcados Amadores de Moura, e encarar esta fase da sua vida com seriedade, brio e valentia. Após a divulgação da lista dos forcados a fardar rumámos à praça com alguma expectativa para ver a rapaziada que nesta tarde teve como cabo o Lino Almeida “Brucelino”.
Para abrir praça o grupo foi gentilmente convidado pelo G.F.A. de São Manços a dar o seu contributo na 1ª pega da tarde, que foi dividida entre os 3 grupos em praça sendo consumada ao 1º intento. Os elementos escolhidos foram o “Xixo” Navas para rabejar, e o Mário Gomes nas segundas ajudas.
Para a 3ª pega da ordem saltou à praça o Xavier Cortegano, é um forcado que tem estado muito bem esta época e que se está a afirmar, dá confiança a todos os seus companheiros dentro de praça e foi o que fez mais uma vez. Pegou este toiro à primeira tentativa numa boa e vistosa pega em que não cometeu qualquer tipo de erro. Brindou aos companheiros lesionados, colocou o barrete e andou calmo para o touro que arrancou de largo e ao primeiro sinal que o forcado lhe deu, com uma reunião perfeita e agarrando-se muito bem à barbela, fez uma boa pega de caras. Embora o toiro tenha fugido um pouco ao grupo poderia ter sido melhor ajudado, mas o grupo fechou bem e não complicou.
Para o nosso 2º toiro saltou a trincheira o Filipe Santos. O Filipe citou bem o toiro, cá de trás como mandam as regras, andou bem para o toiro, no entanto não foi mandão, talvez fruto da pouca experiência que teve esta época a pegar de caras, carregou-o, mas teve de ir buscá-lo. Voltou a carregar a sorte, desta feita com o oponente a arrancar-se, com o forcado a aguentar bem o toiro e a conseguir uma boa pega ao primeiro intento, bem fechada, com o restante grupo a ajudar com coesão.
Depois da corrida rumámos a Reguengos de Monsaraz para um jantar que tão depressa não vamos esquecer. Embora tenha começado algo morno, desenrolou-se pela noite dentro com um ambiente soberbo, com muito tinto à mistura (não tivéssemos nós em Reguengos), e algumas cantorias. Houve ainda tempo para os habituais discursos, onde se falou das corridas de Moura e da Amieira, e do momento que o grupo atravessa. No final cantámos o nosso hino, e os mais resistentes ainda foram fazer uma “perninha” às festas da Amieira até o nascer do sol.
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